quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dor, Canção de Dor


Companheira do momento angustiante
Hei de te levar sempre e adiante
Usando o teu latejo pra minha risada
Até a hora em que eu não seja mais nada...
Não como o masoquista que te tira o prazer
Mas como o oponente que usa de lealdade
Sou sincero e não sei o que vou fazer
Pra te colocar fora da vida de verdade...
Eu te conheço em meus olhos que escurecem
Eu te vi nos amores que me deixaram sozinho
Nos temores que ainda em meu peito crescem
Na beleza de cada rosa escondendo seu espinho...
Companheira inquieta que não foi chamada
Companheira indiscreta que não foi querida
Te achei em algum ponto desta estrada
Que afinal eu apenas chamo de minha vida...
Eu nunca conheci verdadeiramente teu rosto
Mas a tua boca beijei várias vezes ao dia
Em forma de grito pelos meses de agosto
Tu foste ao mesmo tempo febre e alegria...
Companheira do momento angustiante
Hei de te levar sempre e adiante
Usando o teu latejo pra minha risada
Até a hora em que eu não seja mais nada...

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