sábado, 28 de dezembro de 2013

Paradoxalmente Paradoxal

Resultado de imagem para na beira do abismo
Faço muitos versos para não serem lidos
Eu me escondo num canto para aparecer
Tomo estes remédios com prazos vencidos
E quem sabe desapareça o medo de morrer
Morrer de paixão por um amor que não quero
Morrer de tesão pelo desejo que não tenho 
Por me desesperar é que mais eu espero
E por me desconhecer é que sei de onde venho
Eu venho do abismo da montanha mais alta
Do lado mais deserto que o mar possa ter
E a ânsia da distância me faz tanta falta
Como uma rosa que míngua ao crescer
Peço coisas para não ser nunca satisfeito
Calculo sua impossibilidade para poder pedir
E se desejo estar agora deitado em meu leito
É para que a insônia venha eu não possa dormir
Eu sou demônio por isso vim lá de cima
Se tenho duas asas prefiro mesmo é andar
E por mais que elabore a minha pobre rima
É porque me calo pois ainda não sei falar
Estou calado em gritos sem chamar atenção
É de manhã e todos ainda vão dormir
Não há nada mais para esvaziar o meu coração
Então aqui permaneço enquanto vou partir...

Um comentário:

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