Faço muitos versos para não serem lidos
Eu me escondo num canto para aparecer
Tomo estes remédios com prazos vencidos
E quem sabe desapareça o medo de morrer
Morrer de paixão por um amor que não quero
Morrer de tesão pelo desejo que não tenho
Por me desesperar é que mais eu espero
E por me desconhecer é que sei de onde venho
Eu venho do abismo da montanha mais alta
Do lado mais deserto que o mar possa ter
E a ânsia da distância me faz tanta falta
Como uma rosa que míngua ao crescer
Peço coisas para não ser nunca satisfeito
Calculo sua impossibilidade para poder pedir
E se desejo estar agora deitado em meu leito
É para que a insônia venha eu não possa dormir
Eu sou demônio por isso vim lá de cima
Se tenho duas asas prefiro mesmo é andar
E por mais que elabore a minha pobre rima
É porque me calo pois ainda não sei falar
Estou calado em gritos sem chamar atenção
É de manhã e todos ainda vão dormir
Não há nada mais para esvaziar o meu coração
Então aqui permaneço enquanto vou partir...
Não sou chegado em paradoxo porém, este poema está d+!
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