Chuva quase que indesejada
Não passe pelas fendas de minh'alma
Como uma tragédia que o tempo anuncia...
Escuridão ciclo mais natural
Eu queria a sua permanência total
Porque esses dias sempre me maltratam...
Mundo num quase nada
Todas as nossas noias mais fortes
Eu comerei violetas no café da tarde...
Palavras tão apressadas
Figuras midiáticas sem sentido
Cada moeda é um espinho na carne...
Vazio totalmente cheio
Cristais e vidros quebrados
Toda morte sempre quase parecida...
Não me desafie
A estação de caça acabou
E a maldade está dormindo agora...
Tomara que eu durma também
Mesmo sabendo que será mais um sono...
(Extraído do livro "Águas de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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