domingo, 11 de agosto de 2024

Tomara Que Eu Durma Mesmo

Chuva quase que indesejada

Não passe pelas fendas de minh'alma

Como uma tragédia que o tempo anuncia...


Escuridão ciclo mais natural

Eu queria a sua permanência total

Porque esses dias sempre me maltratam...


Mundo num quase nada

Todas as nossas noias mais fortes

Eu comerei violetas no café da tarde...


Palavras tão apressadas

Figuras midiáticas sem sentido

Cada moeda é um espinho na carne...


Vazio totalmente cheio

Cristais e vidros quebrados

Toda morte sempre quase parecida...


Não me desafie

A estação de caça acabou

E a maldade está dormindo agora...


Tomara que eu durma também

Mesmo sabendo que será mais um sono...


(Extraído do livro "Águas de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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