quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 288

As raízes podem brotar

Os galhos podem brotar

As sementes podem brotar

Algumas folhas podem brotar

As flores não

Por que não?...


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Era apenas um solo

Nunca saberemos quanto tempo

Sua gravação vai perdurar...

Era apenas um ato

Todo segundo seguinte

Foi total transformação...

Mas o que importa?

Atrás do rosto tão sério

(O vidro das lentes como refúgio)

O menino ria no canto dos olhos...


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É que eu sou assim mesmo...

Mostro a alegria de forma triste

Agradeço não dizendo nada

Brigo comigo mesmo e me recuso

A ver quem sou no espelho

Voei somente de avião (tive medo)

Mas foi para economizar as asas...


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É meio chato saber que há

Tantos azuis por aí que não são

Para ser azul não precisa ser sangue

Bonitos mas vulgares são olhos

Até meu terninho foi e não é mais

O azul verdadeiro é do céu

E esse até o mar acaba copiando...


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Por que carpideiras?

Por que falo tanto delas?

Desconheço se terei algumas...

Mas se tiver façam-me o favor

Que elas não chorem nem se rasguem

Mas riam muito e muito mesmo

Do jeito que eu nunca fiz...


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Talvez daqui milhões de anos

Poderei te explicar minha loucura

Explicar minha insistência boba

De te amar sem merecer...

Só não sei se ainda será possível

Quando isto acontecer finalmente

Nos livrar dos milhares de demônios

Que eu mesmo criei para nós...


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Inocente ou culpado?

Sinceramente eu não sei...

Bonito ou feio?

Depende de quem olha...

Carinhoso ou agressivo?

O momento é que falará...

Obsceno ou terno?

Tudo anda de braços dados...

Humano ou fera?

Inocente e culpado...

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