quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Manhã Qualquer

Não foi dessa vez que o mundo acabou...

Haverão outras tentativas e talvez falhem

Em alguma estrela distante uma explosão

Talvez tenha escrito algum ponto final

E só...


Alguns morreram e muitos continuam aqui...

Algum lixo será recolhido e nem todo ele

As fábricas mascarão infelizes feito chicletes

Para depois cuspirem como sempre fazem

Miseráveis...


Minha bunda arde sentado em frente à tela...

Mistura de abismo e janela para tudo que há

Vejo e escuto novas mentiras que são servidas

E a maldade que é aplaudida sempre de pé

Assim mesmo...


A modelo famosa tropeçará sob os holofotes...

E os memes se transformarão em moeda corrente

Até que o próximo vento acabe apagando tudo

Como epitáfios são apenas vistos e não lembrados

Sempre assim...


Não foi dessa vez que o mundo acabou...

É apenas uma manhã qualquer como outras...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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