Não foi dessa vez que o mundo acabou...
Haverão outras tentativas e talvez falhem
Em alguma estrela distante uma explosão
Talvez tenha escrito algum ponto final
E só...
Alguns morreram e muitos continuam aqui...
Algum lixo será recolhido e nem todo ele
As fábricas mascarão infelizes feito chicletes
Para depois cuspirem como sempre fazem
Miseráveis...
Minha bunda arde sentado em frente à tela...
Mistura de abismo e janela para tudo que há
Vejo e escuto novas mentiras que são servidas
E a maldade que é aplaudida sempre de pé
Assim mesmo...
A modelo famosa tropeçará sob os holofotes...
E os memes se transformarão em moeda corrente
Até que o próximo vento acabe apagando tudo
Como epitáfios são apenas vistos e não lembrados
Sempre assim...
Não foi dessa vez que o mundo acabou...
É apenas uma manhã qualquer como outras...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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