quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Poema-Quando

Cidade aos pedaços

Quase morri de susto

Geralmente no geral tudo é comum


Na tela novas tolices

Papagaios desvairados

Sem mais nenhum bom senso


Esmalte dos dentes

Agora fazem novo tom 

De tinta para pintar os ossos


Até nunca mais

Aquilo que me deu ternura

Olá espinhos sejam bem vindos


Moscas e formigas

Vão estar nessa plateia 

Dando mais solenes risadas


Quase sou rei

Só esqueci de um detalhe

Não havia mais reino pra isso


Uma nave espacial

Sobrevoará o meu sertão

Até o sol ficar novamente lilás


As novas pitonisas

Gravaram minhas iniciais

Em pedras feitas de fumaça


As luzes dos faróis

Ficaram todas cegas

Quando eu pisquei os olhos


Os canibais poetas

Agora comem só letras

Em todos banquetes tribais


Os bombeiros estão

Salvando-me de mim

Mas acho isso impossível


Meus dedos - poesia

Meu coração - cais sem velas

Meu relógio - até quando...

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