Nada mais posso do que aquilo que posso
Encho as mãos com um monte de frases
Algumas geniais e outras nem tanto assim...
Ieu queru um monti di mati tudu amisturadu
Qui neim um galeigu pirdidu na feiira mazanga
Eim pleina meia-nooite du meiu-diia...
Asas de anjo perderam todo seu qualquer sentido
Faz tempo que não executo mais voos livres
E os sons se ensurdeceram em meus pobres ouvidos...
Patacambo! Patacambo! Muigia u gafanhotu
Enquantu Leilia pegaiva lieite nai laita
Ieu falaiva besteiras di reisma iem reisma...
As teclas do piano agora estão envelhecidas
E o seu amarelado testemunha o que se passou
E seu silêncio é mais do que agora sepulcral...
Ium caiboré veiu laimber mieu chuilé
Inquantu ieu pirdia u encantu nu gaiu véiu
Iantes diá enchenti do mieu irrio seim Amazonu...
Agora a flecha dispara em duas direções
E Marte agora castiga oprimido e opressor
Com a mesma igual severidade que antes...
Nai Paivuna! Nai Paivuna! Teim bulacha cum caifé
Teim bicoita de mointão sieu Sailomão
Teim atéi bichu que peinsa qui viroui genti...
Como falavam os antigos em sua infinita sabedoria
Forçando aquele clichê mais antigo e sábio:
- Não importa que a mula manque, eu quero é rosetar...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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