sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Carliniana LV ( Fogo Na Floresta )

Minha serenidade recorta as figurinhas

Enquanto meu desespero monta castelinhos

Para que eu mesmo dê aquele chute depois

Alguns poemas são mais curtos que a vida

Mas outros não...


Peguei um vinho barato de minha geladeira

Para brindar aquilo que não acontecerá

Ocasiões especiais são tão mais comuns 

Talvez maldade estampada em manchetes

Como sempre foram...


Corro apressado de minha própria sombra

Como quem tem revelações num papel em branco

E se rir ainda é o melhor remédio que existe

Nem sempre conseguimos nos salvar do acidente

A morte toma vitaminas...


Os bigodes de Salvador Dali agora não importam

O ator está errando em sua fala magnificamente

Esqueci a chave da porta e mesmo assim entrei

A mídia tentou me enganar mas não foi desta vez

Talvez na próxima...


Repetimos as doses por infindáveis noites e dias

Uma velha canoa tentando não afundar na água

O frio novamente chegando de não sei mais onde

Para qualquer dúvida não perguntemos aos sábios

A sabedoria está falida...


O fogo está brilhando na noite da antiga floresta

Ninguém ateou mas é apenas uma velha fogueira

Que teima ficar acesa mesmo com tanto tempo

Talvez sejam as faíscas de meus pobres versos

Até que se apaguem...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...