Minha serenidade recorta as figurinhas
Enquanto meu desespero monta castelinhos
Para que eu mesmo dê aquele chute depois
Alguns poemas são mais curtos que a vida
Mas outros não...
Peguei um vinho barato de minha geladeira
Para brindar aquilo que não acontecerá
Ocasiões especiais são tão mais comuns
Talvez maldade estampada em manchetes
Como sempre foram...
Corro apressado de minha própria sombra
Como quem tem revelações num papel em branco
E se rir ainda é o melhor remédio que existe
Nem sempre conseguimos nos salvar do acidente
A morte toma vitaminas...
Os bigodes de Salvador Dali agora não importam
O ator está errando em sua fala magnificamente
Esqueci a chave da porta e mesmo assim entrei
A mídia tentou me enganar mas não foi desta vez
Talvez na próxima...
Repetimos as doses por infindáveis noites e dias
Uma velha canoa tentando não afundar na água
O frio novamente chegando de não sei mais onde
Para qualquer dúvida não perguntemos aos sábios
A sabedoria está falida...
O fogo está brilhando na noite da antiga floresta
Ninguém ateou mas é apenas uma velha fogueira
Que teima ficar acesa mesmo com tanto tempo
Talvez sejam as faíscas de meus pobres versos
Até que se apaguem...
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