domingo, 18 de agosto de 2024

Carliniana LVII ( Vento Numa Tempestade )

Nenhuma folha se moveu...

Morte e vida igualmente mórbidas...

As praças vazias como sempre...

E as ruas cheias de enigmas...

Eu só sei brincar comigo...

Estou alegre como um cão...

Nem sinto mais sabor algum...

Minha sensatez acabou partindo...

Espelhos geralmente são narcisistas...

Esquecemos de tantas perguntas...

O óbvio nem sempre é a solução...

Todos os bêbados se arrependem...

Dormir não depende do cansaço...

Meu álter ego errou redondamente...

Temos alguns novos clichês inéditos...

Barões do café só tomam chá...

Nenhuma cobiça constrói sonhos...

Toda tradição foi inovação um dia...

Quase esbarrei com um anjo dia desses...

Meus poemas tem o amargo da verdade...

Para velhos amigos velhas dúvidas...

A sabedoria usa sempre fita no cabelo...

Erre de vez em quando mas não sempre...

Domingos no parque são a semana toda...

Se esta exaustão ficasse também exausta...

Cada frase é apenas um universo ilimitado...

Num piscar de olhos envelheci totalmente...

Todo palco acaba sendo pequeno demais...

As tragédias gregas terminam em risos...

A fumaça do escapamento levou os metais...

O perdão é bem mais simples do que o pedido...

Sem poeira de estrada e com cinzas dos cigarros...

Os cabelos estão mais brancos do que a alma...

As rugas ainda continuam com juventude...

E o riso é um companheiro inseparável...

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