segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 284

Música não tem tempo

Driblou o velho relógio

Contou todas as estrelas

Nadou em todas as ondas

Brincou pelas nuvens

Música não tempo...


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Minha mente é tão aleatória

Como qualquer vento por aí

E é por isso que a chamei

Aleatória-mente...


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Minhas palavras 

Não sabem se calar

Por isso e só isso

Até no silêncio

Acabam gritando

Sobretudo na escuridão...


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Quando eles chegarem me acordem

Apenas meus olhos estavam fechados

O paraíso em si tem muitos nomes

Nem sempre os abismos são malvados

Cada um escolhe as pedras que pisa

E também os espinhos que abraça

Os meus amores estão exaustos

Mas a teimosia sabe me dominar

Quando eles chegarem me acordem...


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Somos prisioneiros dos espelhos

Isso é sem dúvida alguma

Somos reféns de nossos sonhos

Até que eles se dissipem

Quantas bolhas de sabão sopramos

Até seu mero e esmerado suicídio?

Cadê aquele meu antigo gravador?


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Abstenho-me de qualquer comentário sobre ele

Só sei que é muito apressado e não se cansa

Que murcha as flores e arranca as folhas

Que faz todos os amores se perderem em ruas

Ele amarelou todos papéis apagou as letras

Dominou todos os exércitos sem fazer nada

Quebrou as paredes e engoliu todas as cores

Foi malvado o bastante para pisar nos ninhos

Cuidado, muito cuidado, aí vem o senhor Tempo...


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Teu nome é muito engraçado...

O meu traz a seriedade que não tem...

Me enjoa contar certas histórias...

Mesmo sendo herói delas...

Até as reticências podem cansar...

Se fui feliz não tenho noção disso...


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