sábado, 31 de agosto de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 289

As teclas agora quase apagadas pelo uso

As cinzas no velo cinzeiro improvisado

As mãos trêmulas passando pela madrugada

As palavras que escrevo são de minha alma?

Ou serão estrangeiras que vieram me visitar?

Todo poema revela uma realidade disfarçada?

Ou poetas são meninos pobres que usam versos?


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A vida é feita de teimosias

(Algumas nem tanto, outras cruéis)

Nem sempre somos cegos, mas míopes

(Corações precisam de oculistas)

Todos os dias acabam sendo diferentes

(Assim como são irmãos de mesmos pais)

A morte é a cara bem democrático

(Fora da geladeira a situação fica crítica)...


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Desejos são medrosos

Dizem que pularão em abismos

Mas isso nunca acontece

Quando são satisfeitos

Param perante a plateia

E sem graça e com quase nojo

Acabam indo embora...


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De todos os verbos inventados

Pelo uso nos dias de hoje

Com certeza o mais forte deles

Mesmo não sendo muito utilizado

É o verbo carnavalar

Todos os anos esse não falha

E acaba sendo flexionado...


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Todos estão apáticos

A solidariedade só interessa 

Se dá alguma fama

A bondade só interessa

Se sai nas redes sociais

Nem sabemos mais

Se os gritos são mudos

Ou a surdez tomou conta...


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O tempo não é tempo

é apenas um engano...

Quando amor e paixão se misturam

aí que ferem mais...

Certos sonhos são pesadelos

que apenas apavoram...

Penso estar ainda vivo

mas estarei mesmo?...


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Dia desses saí sem rumo

(Mas sem rumo mesmo)

Acho que fui caçar nuvens

Para brincar com elas...

Ou será que fui buscar

Amores perdidos?

Ou queria ressuscitar 

Já mortos carnavais?

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