Vendem as veias
Para que sangue alheio corra nelas
Vendem pulmões
Para que outros possam respirar
Vendem canções
Para que outros ganhem aplausos
É isto o mundo senhores, é isto!
Vendem seus sonhos
Para que sua barriga encha de migalhas
Vendem seus votos
Para que os abutres fiquem satisfeitos
Vendem seus deuses
Em troca de um céu que nunca mereceram
É isto o mundo, senhores, é isto!
Vendem caixas de Pandora
Para que possam sempre se auto perdoar
Vendem seus belos olhos
Para que não ver de qual rebanho são
Vendem suas memórias
Para epitáfios sem graça alguma de ler
É isto o mundo, senhores, é isto!
Vendem poesia barata
Como se fosse a bunda da modelo famosa
Vendem memes sem graça
Como carpideiras bem remuneradas fazem
Vendem caminhos fáceis
Que ninguém vai conseguir trilhar
É isto o mundo, senhores, é isto!
Vendem e vendem e vendem
É isto o mundo, senhores, é isto!...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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