quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 280

Entre fotos e vídeos

Teoremas e concepções

Estamos agora perdidos

Achados nunca mais!

Torres que estão caídas

Filosofias e desacertos

Nunca fomos encontrados

Achados nunca mais!


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Todos os caminhos levam a algum

E esse algum é apenas mais um começo

O começo mesmo que disfarçado de fim

O fim é apenas uma ilusão

Tudo continua, até mesmo o nada...


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Cheio de vazio, vazio de cheio

Para o acaso - desnecessária desculpa

Estrelas brilham por e para si mesmas

Necessitamos de alguma piedade

Mesmo quando existem risos

Os meninos agora brincarão mais...


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Meu coração em tantas partes...

Carne, sangue, nervos, vidro também...

Minha alma é cada um dos dias...

Os que passam também e sobretudo...

Meus olhos tão cegos estão...

O tempo engoliu eles de repente...

Só me sobraram alguma cores...

As mais tristes que existem no mercado...


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Não desistir por força do hábito

Tudo pode cansar 

Até o que mais simples pareça

Mas mesmo assim continuamos...

Não desistir como fazem os rios

Tudo pode enfadar

Mas hora dessas chega ao oceano

E de lá começará novamente

Tudo um dia foi até nuvem...


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Nós estamos porque não estamos

E nossa paranoia é sempre a mesma

Inimigos imaginários surgindo

Entre nuvens de algodão mais cinza

E mares tempestuosos sem barcos

Nossa vontade é apenas forjada

Por algum esquema improvável

Que um incompetente traçou

Perguntas respondidas com desdém

Hoje tem expediente na fábrica...


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Versos rasgados que nem folhas...

Que folhas? Qualquer uma...

Escondidas ou expostas...

Caídas ou presas nos galhos...

Dançando ou em imobilidade...

De qualquer cor ou espécie...

Especialmente amareladas e tristes

Trancadas em velhas gavetas...

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