quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Fantasia

Eu sou a janela do improvável

Eu sou a porta da fantasia

O que se esconde no possível

Apenas sou - quem diria?


O carro corre na contramão

Sem freio e sem direção...


Eu sou o telhado de estrelas

Eu sou o choro que apenas ria

Aquele corredor que dá medo

Numa manhã mais que fria...


O cavalo galopa até a exaustão

Meu cavalo que se chama solidão...


Eu sou a fantasia que se rasgou

O samba-enredo do carnaval passado

E se mesmo assim sem ter medo

Por que que deu tudo errado?


Meu peito espera a hora da explosão

É isso que devemos chamar emoção...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E O Poeta Morre...

E o poeta morre... Quando a palavra falha Quando corre da batalha Quando beija o fio da navalha... Sei que morrer também é ofício Mas então ...