Trago em mim toda pompa e toda circunstância
Do que faz a fome e toda a sua distância
Neste baile de máscaras sem ser carnaval
Trago em mim todo esse bem e todo esse mal
Como se esse mundo fosse o meu grande quintal
Trago em mim todas as chances que um dia perdi
Os caminhos que não achei e que confundi
Acabei pisando por cima de minhas flores
Com rimas óbvias para todas essas minhas dores
Quando andei perdi todos os meus amores
Trago em mim este estigma de grande covarde
Sou quem viu que agora pode ser muito tarde
Mas mesmo assim não viu mais que nada
Que conta as gotas de chuva caindo na calçada
Dei a resposta certa para a pergunta errada
Trago em mim toda pompa e toda circunstância
As sequelas da minha enorme e cruel ânsia
Desta negociata desonesta e sem ter aval
Que tudo termina sempre em um temporal
Onde tudo é uma tragédia sempre igual...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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