quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Plenitude da Perplexidade Segundo C.A.

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Somos os mais incomuns dos comuns e cegos é que vemos bem mais e mais. Depressas sóis discursam numa outra língua que poderá ser servida para o jantar. Sorrateiros ratos andam em bandos mais ou menos numerosos, todos atentos, olhando o mapa da ratoeira.
Engana-se que pensa que algo acabou, nada acabou realmente. Cinzas são bons fantasmas se bem manipulados. Graça não esperou nem um minuto à mais para explodir na praça entre mil cores bem sonoros. Eu finalmente posso ser um cara distraído.
Salvem todos os pertences! Mesmo se não tiverem nenhum... Explicar é tarefa para os tolos, os bobos sempre fazem de outra forma e acabam recebendo palmas. Mentir é mais fácil que acender velas sob a tempestade e ainda existe curso para isso.
Espero que a moderação modere com suas estapafúrdias exigências, sou apenas um rapaz latino-americano com uma conta zerada no banco. Trocamos sempre meia dúzia por seis mais um, isto é previsível e aprazível até. Basta saber mirar e, mesmo sendo roubado, ganhe o ursinho de pelúcia.
Quantos amores amei? O suficiente para preencher minha ficha de boas anomalias entre tantas e outras coisas. Quero não apenas um carnaval, três dias não são suficientes para os meus estigmas. Preciso de muitos, muitos mesmo, daqueles que arrancam os olhos e fazem a garganta ficar mais seca do que a de quem fumou sem saber o que era.
Obviamente, vamos apelar, para a inteligência que não temos, para a piedade que abominamos e para as desculpas esfarrapadas que damos dentro de um quarto de motel. Quartos são quartos, nessa hora até o quarto crescente diminui de tamanho.
Estamos hoje assim: dê ao cidadão uma folha de ofício totalmente em branco e peça que analise profundamente aquilo que estiver ao seu alcance. Prepare-se para muito conteúdo ou para nenhum, dá tudo na mesma. Ou será uma obra de arte ou será um substituto um pouco inapropriado.
Difícil é o meu nome, meu sobrenome é Demais. Gosto de trocadilhos no café da manhã se faltar os sucrilhos mofados da promoção do mercadinho da esquina. As curvas são até bonitas, mas isso depende de muitos fatores e eu nunca fui bom nas contas.
Quase morri daqui há dez minutos, mas não faz mal. Há muita música esquecida, mas de vez em quando o filme se repete, mãos surgindo na terra para fora de seu túmulo. Tremamos, isto consta da bula.
No dia que acordar saiam de perto, pode não ser um bom sinal, pode ser muita coisa ou apenas porra nenhuma. De cachorro quieto não se rouba o osso. Esse pequeno detalhe já funcionou dezenas de outras vezes. Não aguardemos a pane que pode não surgir.
Vamos então aguardando... O que? Não faço a mínima ideia do que seja, mas os monges acabam sempre pedindo e quem sou eu para estragar arranjos tão bonitos com perguntas desconcertantes? Enquanto posso viver de instintos básicos que seja. Ser lúdico pode nos livrar de algum mal, mesmo que eu não saiba o que é neste exato momento...

(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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