terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Alguns Poemetos Sem Nome Número 55

Resultado de imagem para menino chorando
Um frio,
um vazio,
um rio
que corre por correr,
a cada respiro, cada segundo,
acabou-se o mundo,
alguém acabou de morrer...

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Acordei inda há pouco,
ainda com os restos de sono
presos em minh'alma,
não há sol e nem barulho,
a insônia acompanha
meus passos um à um,
o peito dói e dói muito,
talvez seja a vontade 
de não querer mais nada...

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Eu faço poemas 
como quem bate a cara na parede,
chora um pouco e tenta novamente
Eu amo como um doente
um viciado que se mata aos poucos
mas que não consegue morrer
A fumaça entra em minhas entranhas
como um bêbado que perambula
no meio dos carros no centro da cidade
Um veneno percorre minhas veias
pior que os que ingerem os nóias
a tristeza escolhe o que matar primeiro...

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Mãos estendidas
muitas mãos, muitas delas,
mãos toscas, mãos sujas,
bocas tristes, bocas janelas
e quem tem mais
passa sem olhar pra elas,
assim o mundo...

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Um dia desses tomo coragem,
juro que acabo tomando,
saio por aí sem olhar pros lados,
nada pode acontecer que seja 
pior do que a própria vida...

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Eu sou apenas um moleque malvado
espancado pela vida,
apenas mais um desses pobres coitados
com paixão mal resolvida,
eu sou apenas mais um desabrigado
que não tem mais guarida.
Quem tem pena, quem tem dó de mim?
Uma chuva repentina matou meu jardim...

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Fui enganado,
sorri por tudo que era bom, 
mas não sabia que tudo acaba

Fui enganado,
pensei que a vida era boa,
mas geralmente não é assim

Fui enganado,
tentei engolir o meu choro,
mas ele espera a hora mais certa

Fui enganado,
pensei que mesmo sendo maus,
os maus se arrependeriam do que fazem

Fui enganado,
a bondade não transforma o mundo
onde todos nós vagamos como tristes zumbis...

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