segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Alguns Poemetos Sem Nome Número 54

Resultado de imagem para homem mão estendida
Não dói, 
só queima
e eu me enrolo
nas palavras
feito um novelo,
nem partir 
e nem ficar,
minh'alma
em nada decide
enquanto
a noite vai 
morrendo
aos poucos...

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Eu gostaria de te dar um berro
simplesmente um,
te dar um susto de gelar o alma
como num tiro certeiro,
gostaria de fazer um escândalo,
te chamar dos todos os nomes
feios que já conheci até hoje,
não importa se tenho ou não
aquela coisa chata chamada razão,
não importa ser tachado
como mais um velho louco,
não respeitem meus cabelos brancos,
respeitem meu deboche de séculos...

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A vida quase que se parece
com aqueles avisos de venda:
Fiado só amanhã.
A morte se parece com o anúncio
na porta da empresa:
Temos vagas.
A paixão se parece com o aviso
fixado no muro:
Cuidado. Cão raivoso.
A felicidade nos é proibida
como na placa de trânsito:
Proibido estacionar.
A maldade dos homens
cai como uma luva neste aviso:
Cuidado, cerca eletrificada.
Tudo que acontece conosco
parece muito bem com isto:
Sorria, você está sendo filmado.
Placas, placas, placas,
feitas para ninguém obedecer...

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Ondas batidas
cais em silêncio.
Olhar no horizonte
alma bem longe.
Garganta seca
diante de tanta água.
Não há bússola
para um triste navegante.
O tempo está feio
as tempestades se aproximam.
Espero que a de fora
chegue antes,,,

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Morreu o som
a cantoria dos pássaros
a chuva forte levou
A luz foi embora
mesmo que pareça
existir um pouco
Eu sinto um frio
em minh'alma
por todos os cantos

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Toda a ilusão nos tortura
não importa se há dor ou não
todo caminho é escuro
uma hora ou outra tropeçaremos
toda crença é apenas brinquedo
a vida segue para a morte
é isso que teremos finalmente
quero me embriagar como 
nunca antes me embriaguei
e assistir sereno e impassível
o teto cair na minha cabeça

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Tudo é dança
tudo é trança
tudo cansa
Deixe que eu durma
entre os seus cabelos
com a suavidadeque possuem até 
alguns espinhos
estamos juntos
porém sozinhos
eu espalho grãos 
de ouro 
pelas estrelas
milhares delas 
até as que não 
posso vê-las
tudo é dança
tudo é trança
tudo cansa...

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