quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Alguns Poemetos Sem Nome Número 48

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Ouvidos são loucos,
olhos são aflitivos,
bocas são abusadas,
mãos são indecisas,
o coração é perigo só,
a mente - a grande enganada,
o sangue é um rio duvidoso,
só os pés que seguem calados
são dignos de nossa reverência...

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Estamos no meio de vários caos
alguns são nossos, outros nãos,
alguns matam, outros dão vida,
saber a diferença entre eles
pode ser mais complicado 
do que eles mesmos em si.

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Nem carne nem peixe,
apenas indecisões.
Nem céu nem terra
apenas aflições.
Nem alto nem baixo,
apenas paixões.
Nem sim nem não,
apenas senões.
Nem bons nem maus,
apenas vilões...

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Aflição aflitiva,
poema sem cor
poema sem sabor,
falados no mais
antigo idioma -
amor...

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as pequenas coisas são as maiores
as mais simples são as melhores
os lugares-comuns dizem verdades
só os labirintos vivem complicando...

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Surge um alento...
Dormir e não mais acordar...
Dormir e não ter mais nada...
Não ter sobrado nada...
Não ter ficado nada...
Viva os niilistas!
Todos os niilistas de plantão!
De todas as tribos possíveis!
Ahá! Eis a grande vitória,
Acabou-se a dor...
Mas eis que vem a tristeza,
Algo sobrou, algo continuou,
Algo eternamente existe,
Levando todas as dores
Pelo infinito sem cessar...

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Um novo vulcão explodiu
Uma nova guerra estourou
Uma nova estrela caiu
Uma nova doença chegou
Um bravo soldado partiu
E o seu amor lá ficou
Um novo idiota decidiu
Uma nova lâmina brilhou
Uma outra fábrica faliu
Mas a bola entrou lá no gol
Mas tudo sob meus olhos
Continua a mesma coisa...

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Gato na noite
Fumaça se evadindo
Gato no sol
Alto dos altos
Não há mais o que fazer
Senão chorar
Choro em silêncio
Morto e frio
Por onde andará
O meu cantar?
Todas as vezes
Que contar as estrelas
Lembre-se
Que estou nelas...

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