domingo, 21 de outubro de 2018

Uma Eterna Busca do Nada

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Domingo tal qual indefinido
Cate os pequenos lixos pelas ruas
As mãos calejadas de poeira cósmica
E os ombros cansados de tantos zumbidos...
Não sabemos quem é que errou
E muito menos quem certo está
Numa certeira pantomina feita de homens
E desejos que nunca serão satisfeitos...
Nos portões as nulidades quase expostas
E a não-beleza se transformando aos poucos
Porque certamente os segredos bailam
Mas pronunciá-los pode ser uma maldição...
Águas correndo sempre mais fiéis
E os espaços banidos de si mesmos
Como sempre se teve e sempre se terá
Mas que nunca paramos para observar...
As mãos tremem e os pés como sempre doem
Mas eu sigo confiante ou mesmo louco
Entre os brilhos de algumas moscas voando
Ou será que era em algum tiroteio?...
São domingos com cara de tempo algum
O que será servido mesmo se não gostamos
E nossas caretas não serão computadas
Pois os fatos são sempre tão insignificantes...
Um menino procura desesperadamente
Algum pedaço de papel perdido por aí
Para poder desenhar os cadáveres de seus sonhos
Mortos em homéricas batalhas de confete...
Não procurar a perfeição é o modo perfeito
De achar alguma vida entre os escombros
Das coisas mais singelas que guardamos
Antes que as guerras malvadas começassem...
Os vagabundos cães descansam sem remorso
São mais sábios que a grande maioria 
Que diz conhecer algo e desconhecem a si mesmos...
Acabei de fazer uma nova máquina voadora
Ela é impulsionada por minhas insistentes vontades
E com um combustível de alta octanagem 
As muitas paixões em que insisti e insisto...


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