sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Humanitas

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Nada visto,
nada quisto,
o que não se quer se manda embora,
sem piedade, 
sem humanidade,
não nos importamos com quem chora

Nenhum vento,
nenhum alento,
o próximo para nós não é nada,
sem comida,
sem guarida,
cada um que vá por sua estrada

Nenhum afeto,
o mais abjeto,
a maldade também sabe se maquiar,
tiremos tudo, 
fiquemos mudos,
ninguém irá assim nos condenar

Nenhum sorriso,
nenhum aviso,
a fera dá seu bote na infeliz presa,
somos os tais,
somos os maiorais,
até deitarmos em cima da mesa...

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