Frio n'alma, nem o fogo resolveu,
Sem calma, a paciência morreu,
Com trauma, tudo já aconteceu...
O certo e o errado,
O etéreo e o concreto,
O que grita, o calado,
O público, o secreto,
As minhas eternas contradições,
Tenho bem mais de mil corações...
Frio n'alma, o fogo não está aceso,
Sem calma, está sufocando o peso,
Com trauma, nem estou surpreso...
O cego e o guia,
Um ama, outro odeia
Um é luto, outro alegria
O naufrágio, a sereia,
A febre que me faz rolar na cama,
Definitivamente ninguém me ama...
Frio n'alma, o fogo que preciso,
Sem calma, nem escutei o aviso,
Com trauma, nem vejo o paraíso...
O mal e a bondade,
Água benta e cerveja,
O campo e a cidade,
RAP, música sertaneja,
Às vezes nem eu sei onde estou,
Mas por certo tenho certeza onde vou...
Frio n'alma, nem o fogo resolveu,
Sem calma, a minha vida se perdeu,
Com trauma, mesmo assim lá vou eu...
Muito bom! O naufrágio é coletivo, os sorrisos são superficiais, todas as almas estão frias como gelo, sofre menos quem acha um calorzinho dentro de si.
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