Eu sou um canalha, não presto,
sou um traste, o resto
e nos meus versos não exprimo nada,
sou o óbvio, a palhaçada,
repito as mesmas porcarias
que disfarço como alegrias.
Eu sou um canalha, um inútil,
um inconsequente, um fútil,
digo que sou sempre o melhor,
mas sou de carne, sou pó,
dou importância ao dinheiro
e nunca fui um guerreiro..
Eu sou canalha, um basbaque,
a minha defesa é o ataque,
tenho sempre a razão,
mesmo sem ter coração,
sou mesquinho e tão falso,
o meu rumo é o cadafalso.
Eu sou um canalha, filho da puta,
a vida podre, só há disputa,
acho que tudo eu venci,
nem vou percebendo que morri,
morri de inveja, de mesquinhez
e nem percebo que é minha vez.
Eu sou um canalha, uma tralha...
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