terça-feira, 16 de outubro de 2018

GP

Imagem relacionada
Quem sou eu para julgar
tantas ilusões perdidas?
A vida é uma pequena gota
que escorre fora do copo
e que cai sobre a mesa...

Os desejos têm seu tempo
e agora já são outros...
A vida é um brinquedo
a vida é até algo mais
uma brincadeira de mau-gosto...

Você sabe por onde andam
todos aqueles teus sonhos?
Os meus foram folhas caídas
que os ventos das circunstâncias
acabaram levando pra longe...

Eu ando o mais seguro possível
com os seus elogios insinceros...
O seu amor que nunca virá...
Eles não pretendem me ferir
e quando muito apenas agradar...

Quantas vezes chorei no seu colo?
Quantas vezes falei de insucesso?
Das minhas frustrações e do medo?
E mesmo se isso não importasse
pelo menos você me ouvia...

As coisas andam tão difíceis...
Sei que a vida sempre foi assim
um emaranhado de desilusões
onde a vida e a morte se fundem
se confundem e se contundem...

E mesmo que as pessoas critiquem
eu terei um apenas um refúgio
onde posso esconder meu rosto
sob as macias cobertas no quarto
e mesmo sem dormir, descansar...

Quem sou eu para julgar
tantas ilusões perdidas?
A vida é uma pequena gota
que escorre fora do copo
para não mais voltar...

(Extraído do livro "Só Malditos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...