Nasceu no dia do seu aniversário. Todos os anos, neste mesmo dia, era acrescentado um ano em sua idade. Tinha o hábito de respirar continuamente enquanto seu coração bombeava sangue por artérias e veias e a máquina do corpo funcionava. Pensava enquanto pelo menos estava consciente. Aprendeu pelo menos um idioma já que conseguia falar pelo sentido correspondente. Tinha hábitos, gostos e gestos únicos mesmo que semelhantes com outros em outras pessoas. Praticou os sete pecados capitais em alguma ocasião de sua existência. Teve fé e acreditou ou não em alguma coisa religioso, filosófica ou de outra natureza. Foi enganado e também enganou algumas vezes. Se considerou ou se sentiu louco em algum tempo de sua existência. Como qualquer um animal teve necessidade de sexo e comida em sua intensidade própria. Experimentou sentimentos diversos como amor, medo e solidão. Foi muito famoso ou totalmente anônimo, teve muita grana ou quase nenhuma. Teve família, parentes ou não. Pertenceu a algum grupo ou a nenhum deles. Até que a máquina um dia parou completamente se deteriorando aos poucos. Descanse em paz.
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Carliniana XLV (Indissolúvel)
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