Tudo que é nem sempre é. Andarilhos sem caminhos à mercê do tempo. O que aconteceu com ela? Onde estará Mary Bô nesse exato momento? Mal sabemos seu espaço, nos mapas não está sua localização. Em antigos carnavais seu nome não está escrito, em manhãs de temporal não vemos suas pegadas no chão molhado. Todas as suas rimas falharam, até as que escreveu na parede do banheiro sujo de um bar onde entorpece sua alma. Manca pensando onde estarão seus filhos, se intoxica com o barulho de mil vozes nas semanais feiras. Quase não ri, apenas quando debocha, satisfação é palavra tirada do seu dicionário. Não sabe de coisa alguma e nem quer saber. Rasgou o caderno, quebrou o lápis, espera que a morte seja apenas um final sem felicidade ou não. Onde estará Mary Bô nesse exato momento?
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