Aqui é o fim do mundo
Já disse um poeta uma vez
Somos marginais sem crime
E esse meu canto que exprime
Todo pesadelo de fim de mês.
Estou no fim da minha vida
Mas eis que todo mundo está
Uma hora ou outra vem a morte
A morte vem dando o seu corte
E é ela que vai nos levar.
O meus dentes já estão caindo
Está me faltando a calma
Meu corpo todo está doendo
Mas com isto estou aprendendo
Melhor do que o corpo é a alma.
As rugas já apareceram pra ficar
A cor dos meus cabelos já clareia
Sou apenas mais um zumbi vivo
Que não encontro mais um motivo
Pra uivar nessa nossa lua cheia.
Aqui é o fim do mundo
Diz eu-poeta uma outra vez
Somos culpados sem crime
E quem quiser que o dia dizime
Como qualquer um já fez...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário