Dúzia de doze - e só
Dúzia de dose - e nó
Toda certeza é incerta e nula
Olhe sem olhos e vide bula
Quem usa patins? A mula...
Carnaval sem folia - cabou
Louça sem pia - quebrou
Não saio mais de casa
Cuidado com pombo sem asa
Até o tempo se atrasa...
Qualquer merda - é poesia
Qualquer merda - riquecia
Tou cheim de medo
Acordei muito cedo
Esse doce é tão azedo...
Vou quebrar pedra no muque
Ando bem mais que o Huck
Me dê logo essa cana
Tua fuça é tão sacana
Sua bença dona Grana...
Didi desceu do Cristo
Chinês mijou e foi visto
Eles dançaram no cemitério
O meu palhaço tá tão sério
O óbvio é um mistério...
Dúzia de doze - é só
Dúzia de dose - é nó!...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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