domingo, 22 de outubro de 2023

Mormaço Sem Águas

A tela agigantou-se aos meus olhos

e acabou criando o dia...

Errarei sempre os meus mesmos erros

sobretudo minhas vãs paixões...

Procurarei enfeitar todos os pavões

com o que sobrou daquele brilho...

Todos os meu absurdos serão perdoados

se eu permanecer em mortal silêncio...

A minha solidão é tão mais veloz

quanto flecha disparada ao sol...

Todas as bandeiras brancas nos enganam

são como cruéis fins de festa...

Escuto sons que não mais existem

nessa surdez dentro de minh'alma...

Brinquedos todos que foram ontem

agora não passam de sombras...

Até os rios podem parar alguma hora

como uma carpideira em seu ofício...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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