A tela agigantou-se aos meus olhos
e acabou criando o dia...
Errarei sempre os meus mesmos erros
sobretudo minhas vãs paixões...
Procurarei enfeitar todos os pavões
com o que sobrou daquele brilho...
Todos os meu absurdos serão perdoados
se eu permanecer em mortal silêncio...
A minha solidão é tão mais veloz
quanto flecha disparada ao sol...
Todas as bandeiras brancas nos enganam
são como cruéis fins de festa...
Escuto sons que não mais existem
nessa surdez dentro de minh'alma...
Brinquedos todos que foram ontem
agora não passam de sombras...
Até os rios podem parar alguma hora
como uma carpideira em seu ofício...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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