quarta-feira, 30 de maio de 2018

O Grande Teatro do Nada ou Nada É Como Antes

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Nada é como antes...
A vida é um caminho,
Somos todos retirantes...

E terminado o espetáculo, batem palmas, aplaudem de pé, depois fecham-se as cortinas e há só o silêncio e o vazio...

Nada é como antes...
Os destinos aprontam,
São todos comediantes...

Quando nascemos, choramos, vivemos chorando, sangramos, ferimos e nos ferimos na roda de um tempo que termina...

Nada é como antes...
O sonho é o protagonista,
Somos os figurantes...

No começo, há a juventude que nos envenena, depois, a maturidade  vem e nos disfarça, e, por final, a velhice, amarga cobrança...

Nada é como antes...
Não existem crimes,
Mas somos os meliantes...

Na verdade, espelhos e máscaras são nossas armas, vivemos do solene engano de nós mesmos, nunca fomos bons e assim nunca o seremos...

Nada é como antes...
Há diversos perigos,
Somos os seus amantes...

E mesmo os versos que escrevo, palavra por palavra, linha por linha, estrofe por estrofe escaparão da triste fugacidade do esquecimento e da morte...

Nada é como antes...
A vida é um grande teatro,
Somos os participantes...

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