Tristes narcisos engaiolados...
sem argumento algum
sem eira e nem beira
quando acordaremos de tal ilusão?
Somos palhaços sem graça...
e não enxergamos luz alguma
no fim de nenhum túnel
porque nem ao menos sabemos onde estamos
É tão difícil sermos alguma coisa...
aquele bando de mascarados bebâdos
na verdade é aquilo que somos
mas por fatalidade ou por escolha
desconhecemos quando é carnaval
Frágeis castelos que construímos...
ruas sem fim conduzindo à lugar algum
choramos pelas mais tristes recordações
de todos os planos bons e infalíveis
que nunca acabaram dando certo...
A esperança não é a última que morre...
coisas que nem ao menos nasceram
não podem se deitar em um frio leito
e esperar uma ressurreição inesperada
como a última chance de um concurso...
A realidade vive nos mentindo...
e a verdade anda somente pelos cantos
procurando sua mais potencial vítima
para que possa rir na sua cara
e declamar solenemente coisas insanas
Já foram passadas muitas e muitas luas...
quase quebramos todos os móveis
e quase rasgamos todos os livros
e destruímos aqueles velhos conceitos
que mais atrapalham do que ajudam...
Nunca mais veremos novas cores...
tudo se repete e até nosso inédito é rotina
só existem dois caminhos à escolher
o primeiro não vai dar em nada
e o segundo? também em nada vai dar
Tristes narcisos que somos sempre...
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