quando olho nos teus olhos
nem sei mais nada
e uma fogueira se acende em mim
como em velhos dias
me explica por favor
o que está acontecendo agora
as lembranças surgem
como se velhas aparições
na verdade fossem mais vivas
e declamo sem pausa alguma
aquele velho poema
que acabei nunca escrevendo
meu coração parece mais um tambor
e a respiração não tem mais nome
espera mais um pouco não vá
é assim mesmo a vida
ingrata e cheia de piadas sem graça
afinal de contas não temos culpa alguma
viver agora é o prato do dia
mesmo se não temos apetite algum
quando olho nos teus olhos
minhas faces coram novamente
como as do menino pego de surpresa
fazendo uma besteira inocente...
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