Vamos que vamos. Pois a única coisa certa é a incerteza. E duvidamos que a dúvida nos certifique disto. Somos nós. Os peões deste jogo de cartas marcadas. Ou de camisas coloridas. Ou dos chaveiros que vinham em caixinhas de papel junto com balas. Não perguntem datas por favor! Esquecer pode ser um privilégio que doa menos e sarar nesse caso é alto risco. A jovem penteia seus cabelos. E as sereias ainda provocam seus mistérios... Mas o mistério maior nasce todos os dias nos asfaltos entre capins e flores imperceptíveis. Vulgarmente falando nos encantam. Sem timidez alguma. Mil virgens imoladas todos os dias. Sem moda alguma. Em nudez causticamente serena. E ainda uma noção quase que doidivanas sobre a última mania da rede social. Nunca se lembrou tanto para poder se esquecer. Nunca comemos tanto para aumentar a fome. E nunca corremos tanto porque estamos parados. Parados e presos por cortinas de vidro e por paredes invisíveis e carinhos de arame farpado. Eu acordo pensando em dormir. E eu durmo como no juízo final. Eu nada sei senão que sei. E quando filosofo entre quatro paredes choro de vergonha. Porque minhas qualidades são meus maiores defeitos. E o tal de vice-versa funciona nessa hora. É de extremo mau-gosto não ser mesquinho e vulgar. Na roda da história nada houve senão um engano na repetição. E as nossas gírias funcionam mais do que fórmulas mágicas. Eu disse falar e não compreender. Toda verdade é perigosa e verdadeira. Eu disse falar e não compreender. Toda decepção começa se nos decepcionamos. Passar ridículo um dia já foi ruim. Hoje é apenas mais um jeito de queimar o ar e gastar o tempo. Não olhamos o horizonte porque ele não está mais lá. É culpa nossa? Talvez sim e talvez não. Mas que antes disso existiam outros pesadelos temos certeza. E construções se equilibrando na corda bamba. Até o bispo pecou. E os anjos tiraram o dia de folga. Mas os demônios possuem cartão de ponto. É hoje o dia de hoje. E na verdade todas as discussões sobre quaisquer assunto estão encerradas. Eu vi o mar em várias vezes e em vários ângulos. Mas ainda assim é mar. Como é complicado falar em yoruba. Mas talvez menos do que compreender palavras que só podem ser ditas mudamente. A mente se corrompe quase sempre. E o coração quase nunca. Mesmo quando há maldade nele ela não nasceu lá. A fama tem seu preço. E mesmo que esse seja viver anonimamente para si mesmo violando todo e qualquer princípio. O abismo é logo ali. Pode entrar na fila. A fila do suicídio é no próximo corredor à esquerda depois da cantina. Mas as senhas acabaram por hoje. Como formigas no açúcar sempre que podemos. Mesmo quando não queremos. Vamos que vamos...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sábado, 29 de março de 2014
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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