sexta-feira, 28 de março de 2014

A Outra Amada, A Outra Musa

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Chega enjoar de tão boa
De tão honesta entendia
Não há furo na canoa
Nem choro no meio dia

Eu quero outra amada

Outra amada mais escusa
Aquela que embriagada
Na sombra escuta Cazuza

Detesto decorar a rotina

A frequência sei de cor
Calma é como morfina
Vicia ou coisa bem pior

Eu quero outra amada

Outra amada mais escusa
Que não me nega nada
Vai logo tirando a blusa

E a comida se repetiu

Começou outra novela
A alegria já desistiu
De pintar uma nova tela

Eu quero outra amada

Um pouco mais confusa
Me siga pela estrada
Me usa também me abusa

Chego em casa cedo

Não encontro mais sentido
Não tem medo no medo
Parece que vivo dormindo

Eu quero outra amada

Outra amada mais escusa
Aquela que embriagada
Na sombra escuta Cazuza

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