segunda-feira, 10 de março de 2014

Todos, Todas

Toda saudade tem um nome
Toda mentira tem sua verdade
Estamos aqui pela mesma fome
Estamos atrás da felicidade

Toda cor tem sua pintura
Todo vento acaba parando
Há tantas luzes na noite escura
E a vida que vai reiniciando

Todo absurdo uma explicação
Todo riso tem um lado triste
E tudo está entre sim e não
E cada sonho é o que existe

Todo instante tem a sua notícia
Toda a lenda tem a sua história
E é preciso ter ginga ter malícia
E guardar tudo dentro da memória

Todo reza tem o seu segredo
Toda brincadeira o seu quintal
É o prato do dia o nosso medo
É até samba-enredo de carnaval

Toda bebedeira tem sua ressaca
Toda pasmaceira seu movimento
É um céu de nuvens que destaca
Igualzinho ao nosso lamento

Todo pensamento é o infinito
Toda corda acaba ficando tensa
E cada coisa acaba sendo rito
E cada rito é aquilo que se pensa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...