sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Todos Nós, Todos Sós

Estamos todos estamos nós
Na mesma tristeza sem voz
Acordamos agora nem dormimos
Quanto mais voamos caímos
Somos originais em anonimato
Nossa vontade um desacato
O prédio aos poucos vai e cresce
Nosso desespero não tem mais prece
Nos levantamos e fomos embora
Não vale a pena esperar a hora
Eu achei que era o meu amor
Não era nada pois nada passou
Só passa aquilo que também vem
E quem me amou foi ninguém
Quem veio não trouxe carinho
Junto à rosa havia muito espinho
Junto à lembrança tinha saudade
Nos meus olhos havia maldade
No meu coração haviam paixões
No céu muitas e muitas estações
Sabemos que tudo tem sua vez
Mas não fugimos da embriaguez
Dada por sonhos dessa espera
Desse enorme e terrível quimera
Façamos mais um brinde então
Ao que passa às roupas da estação
Ao automóvel do ano passado
Ao que deu certo ao que deu errado
Ao que poderia ser um grande plano
De viver e de ser um ser humano...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLIV (Tranças Imperceptíveis)

Quero deixar de trair a mim mesmo dentro desse calabouço de falsas ilusões Nada é mais absurdo do que se enganar com falsas e amenas soluçõe...