segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Talvez no Escuro


Manhãs são amanhãs que acabaram chegando.
Sonhos são choros que esperam pelo futuro.
O tempo passa e nós vamos apenas olhando.
E na nossa frente só existe um muro.

Sorrisos são atalhos pra qualquer jardim.

E as risadas são quem nos defendem.
Não há segredo que eu não guarde em mim.
E minhas recordações a si mesmas vendem.

Quantas vezes  já vi de perto a morte?

Meus olhos estão cansados de ver.
Eu não temo os ventos vindos do norte
E nem essa solitária vontade de viver.

Em todos centímetros o corpo me dói.

As mãos são trêmulas e os pés hesitantes.
Mas mesmo assim nada se perde ou corrói.
Tudo se transforma em alguns instantes.

Estamos sempre debaixo do mesmo sol.

Isso nos dá pelo menos algum alento?
Sim brincamos feito um jogo de futebol
Com cada pedaço desse mesmo vento.

Manhãs são amanhãs que acabaram chegando.

Sonhos são choros que esperam pelo futuro.
O tempo passa e nós vamos apenas olhando.
E na nossa frente só exite o escuro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLIV (Tranças Imperceptíveis)

Quero deixar de trair a mim mesmo dentro desse calabouço de falsas ilusões Nada é mais absurdo do que se enganar com falsas e amenas soluçõe...