Eram nuvens como aquela... Carregadas...
E eu juro não sabia... Aliás, sabia nada...
E os meus eram cegos... Eles não viam...
Que tristes dias aqueles... Todos choviam...
E eu vão tentava em versos... Estes versos...
Fazer rimas melhores... Poemas perversos...
E como saía nada... Nada de mim saía...
E eu sentia uma dor forte... Ninguém batia...
Pare logo chuva má... Quero sair...
Quero asas que me levem... Longe daqui...
Eu nem sei pra onde vou... E não importa...
Venha logo meu amor... E feche a porta...
Mas eu juro que retorno... Mais refeito...
Trarei uma coisa bonita... Dentro do peito...
Eram sons tão esquisitos... Tão estranhos...
Chegavam aos ouvidos... Vários tamanhos...
Eram sons noturnos... E vinham de fora...
Pareciam com a dor... Que trago agora...
Uma dor que foi chegando... Aos poucos...
Que deixou mil sons... Todos tão roucos...
Sons? Não sei... Talvez ruídos desordenados...
Rápidos ou lentos... Tiros trocados...
Como aqueles que escutei... E não queria...
Em todos os cantos... Por todo dia...
Não adiantava disfarçar... Não dava...
E às vezes era bem pior... Quando acabava...
Qualquer coisa que souber... Me liga...
Preciso de mais um colo... Minha amiga...
Nenhum comentário:
Postar um comentário