segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Constante Humana


É como num cálculo...
Em que reticências são para ilustrar
Porque é tudo exato impossível errar
A ferida abre e não tem mais cura
A mente reside numa caverna escura
O que queremos nós não temos
E o que precisamos nem conhecemos
Partículas subatômicas são conhecidas
Mas nunca saberemos porque a vida
Por que a vida vem seguida da morte?
Nascem milhares e morrem também
Muitos fazendo o mal e outros o bem
As bombas explodem a todo momento
Morrer e matar é como um alimento
Vestir e falar e andar e ser todo igual
É a forma e a norma pra ser bem normal
Você é livre somente enquanto obedece
E enxerga enquanto a vista escurece
Todos têm o direito de ir e o direito de vir
E estão de pé enquanto o corpo não cair
Se é um herói enquanto não é canalha
E vagabundo enquanto não se trabalha
E a testa arde deve ser pela febre
É a velha fábula da tartaruga e da lebre
Rezamos tanto até doer o joelho
E causa espanto se miramos o espelho
É sempre noite e sempre pedimos o dia
E respirar é como numa romaria
É como um cálculo...
Só isso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...