domingo, 21 de dezembro de 2025

E...

Esperei em não esperar mais nada

Quando muito alguns gatos-pingados

Talvez que venham para o nosso jantar...


Regras algumas daqui e outras de lá

Meu coração apertado tal não-sei-quê

Como um final de novela fracassada...


Talvez o tênis velho seja aproveitado

Para algum caminho inusitado surgindo

Entre a fumaça do que nem incendiei...


Mares-de-rosa também possuem espinhos

E talvez a bebida gelada possa cair no chão

No exato momento que faríamos o brinde...


O costume deixou um pouco mal-acostumado

Ao menino que gostava de brincar na areia

De uma praia que agora nem pode mais ver...


Tragam-me aquele me resto de sono de volta

Pois todas as mágoas acabam se misturando

Enquanto todos os dezembros querem morrer...


Fulano e sicrano e beltrano fazem a ciranda

E mesmo não sabendo quais são os seus nomes

Pedimos licença para também poder brincar...


A velha louça de família está agora quebrada

O velho camafeu de ouro agora já enferrujou

E eu acabei me cortando sem ter uma lâmina...


Tudo agora se transformou numa fila única 

Onde minhas palavras e meus gestos nada valem

Sendo que os riscos porque passei falharam e...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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