quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Sem Mais Notícias da Capital

Nós fizemos amor de pé, sobre um chão de pedras

Em frente à praia que não enchia de modo algum

E isso sob um sol escaldante de puro improviso...


Depois disso, nada mais...


Dividimos muitas tardes alegres, cheias de tristeza

Em que não rolou nem aquele beijo improvisado

Mas brincamos muito com a fumaça que ia fugindo...


Mas eu me acabei, perdendo você...


Em quatro letras numa exposição total, no banheiro

O mais corpo dos corpos quase a total imortalidade

Sem um selo sequer só depois vindo no meu portão...


Nenhuma violência vale alguma coisa...


Tempos mais idos de uma escuridão mais canalha

Em que a pobreza era uma escola e também ofício

Mesmo trazendo saudades como certos incômodos...


Estou perdido em meu próprio quintal...


Não existe mais nenhuma data que comemoremos

As promoções foram feitas para somente enganar

A única notícia que temos é que não há mais notícias...


(Extraído da obra "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pois O Diabo Tocou Pandeiro e Eu Dancei

Plantei um canteiro de margaridas adestradas Que elas gritassem na presença de algum invasor Esse jardim é meu e de mais ninguém... Escutei ...