Nós fizemos amor de pé, sobre um chão de pedras
Em frente à praia que não enchia de modo algum
E isso sob um sol escaldante de puro improviso...
Depois disso, nada mais...
Dividimos muitas tardes alegres, cheias de tristeza
Em que não rolou nem aquele beijo improvisado
Mas brincamos muito com a fumaça que ia fugindo...
Mas eu me acabei, perdendo você...
Em quatro letras numa exposição total, no banheiro
O mais corpo dos corpos quase a total imortalidade
Sem um selo sequer só depois vindo no meu portão...
Nenhuma violência vale alguma coisa...
Tempos mais idos de uma escuridão mais canalha
Em que a pobreza era uma escola e também ofício
Mesmo trazendo saudades como certos incômodos...
Estou perdido em meu próprio quintal...
Não existe mais nenhuma data que comemoremos
As promoções foram feitas para somente enganar
A única notícia que temos é que não há mais notícias...
(Extraído da obra "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida)

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