terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 365 *

Não me culpem,

Uma série de fatores acabou contribuindo

Para que eu fosse infeliz

Como todo ser vivente é,

Variando apenas a frequência e a intensidade...

Alguns nem tiveram tempo pra isso

O que acaba sendo uma forma também...

Sonhos que realizei foram poucos, tão poucos...

Não me culpem,

Deixe que eu mesmo faço isso...


...............................................................................................................


Todo carnaval é um pouco inocente, sabe?

São quatro dias que porque sei lá que conta

Alguém calculou e disse: São esses!

Eles não tiveram culpa de nada do que acontece...

Era só pras pessoas saírem dançando e brincando

Sem motivo algum e até quem sabe

Fazer isso pelo resto do ano até o próximo...


...............................................................................................................


Nos tempos que eu não sabia nada

Queria saber tudo...

Muitas coisas não aprendi

E nem vou aprender mais...

Voar com asas que não tive...

Ir em terras que não conheci...

Falar em línguas que não aprendi...

Beijar em bocas que nem cheguei perto...

Acabou tudo passando...

Hoje sei de muitas e muitas coisas

Só não quero saber de nada...


...............................................................................................................


Meio tempo, meio nada

A fórmula do sucesso foi errada

Mesmo assim teimamos

E algum jeito encontramos

Não em frases soltas

Mas em águas revoltas

Mesmo num dia que acabaria


...............................................................................................................


Eu me concentrei em coisas mais importantes

(Mesmo que talvez não tão imediatas)

Afinal, eu mesmo meço o tempo que tenho...

Quantas gramas de solidão terei que jogar fora...

Quantos gestos de ternura ainda faltam fazer...

E ainda quantos passes de mágica precisarei

Para qualquer um destes céus por aí...


..............................................................................................................


Sempre é cedo demais pra jogar fora a esperança,

Sempre é cedo demais pra se cansar de viver,

Mesmo que isso pareça ser loucura...

Sempre é cedo demais pra poder correr da raia,

Sempre é cedo demais pra se dar por vencido,

Mesmo que isso pareça o inverso...


...............................................................................................................


Eu quero um grafismo mais novo

De desenhos coloridos que nunca fiz

Não me importa se haverá retas tortas

Ou se precisarei de paredes para telas...

Se vai haver IA ou não pouco importa...

Desde que sobre algum pedacinho

Que possa chamar de minha alma...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 365 *

Não me culpem, Uma série de fatores acabou contribuindo Para que eu fosse infeliz Como todo ser vivente é, Variando apenas a frequência e a ...