domingo, 14 de dezembro de 2025

De Clowns e Bunkers

Triste piada para todos poderem chorar.

Dias de mormaço queimando no escuro.

Versos bons que se atrasaram demais...


Tentar comer os frutos de uma terra estéril.

Fomos os últimos a chegar nesta vã festa.

A sorte está lançada desde outros tempos.

Tento me esconder mas nunca vou conseguir...


Quem não quer que não queira - simples assim.

Não escondo o ás na manga me faltou a manga.

Não fico mais de joelhos porque nem tenho mais...


Falo coisas tão absurdas com extrema calma.

Não sei o que é o amor porque não o conheço.

Envelheci mil anos em menos de que um dia.

Toda maldade depende apenas de circunstância...


Meus Demônios me beijam com extremo carinho.

E meus pesadelos desculpam-se pela falta de jeito.

A fumaça do cigarro é bem mais pesada que eu...


Não sabemos se há continuação ou sequer volta.

Os meus mortos permanecem em seus lugares.

A minha insensibilidade atinge todas notas e cores.

Sob essa pintura há enigmas cheios de mistério...


Caí do cavalo sem estar montado em cavalo algum.

Seria demais pedir alguma tábua evitando me afogar?

A bomba caiu sobre o bunker mas não aconteceu nada...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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