Todas as vezes que falo
acabo falando sozinho, é assim mesmo...
Espelhos não respondem,
são tímidos demais...
Estrelas nem me olham,
elas têm mais o que fazer...
As nuvens também ficam caladas,
não gostam de dar respostas...
As ondas queriam me responder,
mas não ouviram a pergunta...
Todas as vezes que falo
acabo falando sozinho, é assim mesmo...
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O amor nos escolhe,
Nós nunca o escolhemos...
Ele geralmente apronta tocaias
E acabamos feridos...
Aqueles que deram certo
Só são propagandas para nos enganar...
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Ainda guardo um bilhete
Em que você disse finalmente
Tudo o que deveria ter dito antes...
Pois é, acontece isso,
Você acabou indo embora
E que deixou escrito
Parecia com tiros na minha execução...
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É que eu perdi o medo,
Principalmente das coisas
Que deveria ter bem mais...
De que adianta ter medo da escuridão?
Minha alma consegue ser mais do que ela...
De que adianta ter medo da tristeza?
Ela consegue ser mais alegre do que eu...
Por que tentar acabar com a solidão?
Faço dela uma companhia como qualquer outra...
É que eu perdi o medo,
Perdi até medo do medo...
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Em qualquer lugar do mundo,
Em qualquer,
Flores resistirão aos bombardeios,
Crianças brincarão mesmo entre destroços,
Suspiros serão dados por amores eternos,
Ideias novas acabarão surgindo,
Malvados fecharão os olhos para sempre,
Em qualquer lugar do mundo,
Em qualquer...
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Não tenho culpa, não temos culpa,
Mesmo sabendo não imaginamos
Qual será a hora exata que acontece...
Achamos que a mocidade ficará conosco
Enquanto fazemos algumas brincadeiras
De extremo e malvado mau-gosto
Até que chegue a nossa vez...
Eu tenho culpa, nós temos culpa...
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Toda a simplicidade acaba sendo complicada
Porque forçamos caminhos que inexistem...
Quem somos nós para inventar cores?
Toda a ternura acaba nos machucando
Porque queremos o que nem sempre há...
Quem pode mandar no amor que manda?
Toda luz acaba sendo a nossa cegueira
Porque nem sempre o dia acaba sendo bom...
Por que nos esquecemos que há noturnas aves?...

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