O poeta que se diz ser alegre - mente
Porque não existe amor que satisfaz
O destino diz que traz mas não traz
Da tristeza um algo que seja diferente...
O sábio que diz saber - não sabe
Pois o saber é um algo mais ausente
Não sabemos o que no peito cabe
Nunca sabemos o que está na frente...
O covarde é aquele que se diz valente
Pois ninguém consegue enganar a morte
Ter dinheiro não significa ter a sorte
É questão de uma conta errada somente...
Nossa trilha sonora - é um samba-enredo
Cada brinquedo é uma distração aparente
Pois é do dia que se deveria ter mais medo
Pois é nele que pisamos sem ver a serpente...
O poeta que diz estar alegre - mente
Porque nenhuma guerra pode trazer paz
O destino é água que a sede não satisfaz
E fazer poesia é uma coisa muito diferente...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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