Toda bunda tem pereba! -
Falava o grande filósofo de besteiras
Enquanto mascava placidamente seu granito...
Tou de mal com meus botões! -
Exclamava o senhor melequeiro
Enquanto observava a mosca caída no copo...
Ai, que coceira no meu saco! -
Reclamava o ilustre dono da venda
Enquanto esperava a encomenda de puns caramelados...
Eu acabei dando um tiro em mim! -
Confessava o político marciano
Enquanto comia sua pamonha mais que enfadonha...
Vamos comer um torresmo de mamão? -
Decidia a carpideira de stand up
Enquanto bebia e bebia copos de ilusões baratas...
O IBAMA prendeu o tatu do Jeca! -
Lamentavam os grandes burgueses
Enquanto mastigavam seus pratos e talhares...
Todo dia alguém vai pra puta que pariu? -
Indagou o direitista de extrema-esquerda
Enquanto dava tiros em Papai Noel numa favela...
Vou voltar aonde eu nunca fui! -
Decidia senhor Manoel Mendiguinho
Enquanto fumava seus charutos feitos de palha...
Quero robalo no café da manhã! -
Falava o inglês natural de Nova Iguaçu
Enquanto acariciava suas medalhas de lata...
Eu agora só falo inglês quando durmo! -
Era esse o lema tatuado no peito de Mumica
Enquanto catava tampinhas de garrafas enferrujadas...
Quem pular no abismo ganha um prêmio! -
Seu Napoleão e dona Floricema cantavam a pedra
Enquanto o festival de ossos acabava glamourosamente...
Meu reino pelo pato que ande montado no fogo! -
Com unhas pintadas de lilás branco falava Jandiro
Enquanto folheava Carlos Zéfiro para mais de meia hora...
Bagana! Bagana! Bagana! Bagana!
Vendi a alma por meia dúzia de bananas!...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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