Não tenho idade
Eu sou que nem pedra
Vejo não olhando
Falo não falando
Escuto não escutando
Amo não amando
Eu sou que nem pedra...
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O tempo brinca conosco
Não deveria brincar...
Fala coisas tão feias
Que não deveria falar...
Nos dá tantos medos
Tão difíceis de explicar...
O tempo brinca conosco
Não podemos evitar...
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Eu mesmo não entendo os meus delírios, mas insisto em tê-los. Tê-los de um em um e os confundindo com os meus pesadelos. Essa noite mesmo, quase agora, tive mais um. Não entrarei em detalhes, estes mesmo se fazem desnecessários, ninguém entenderia, nem mesmo eu. Só sei que poderia parecer uma simples e forte febre, muitas assim foram. Mas sei que você estava lá, isso depois de muito tempo que não nos vemos. Isso pode ser até saudades. pois não? Mas todo o delírio, assim como todo pesadelo acaba acabando. E aqui estou...
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Não repare
É essa vida malvada
Que faz pedir que ela pare...
O relógio pode parar
Os dias podem ir embora
E apenas tudo terminar...
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Visto aquele terno que não existe mais. Que poderia ser de qualquer tom de azul, desde que assim fosse. Assopro entre minhas pálidas mãos para que se tornem um pouco menos frias, é madrugada e todas são desse jeito. Tomo cuidado com meus passos, falta-me agora certa firmeza que é mais necessária do que nunca. O que pensaria eu enquanto com passos miúdos tento andar? Em centenas de histórias diferentes que nem os cabelos brancos conseguem atrapalhar...
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Todo lírio
tem delírio!
Mentira?
Senhores donos da maldade
Após vinte e quatro horas
A morte é só mais um dia...
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A mosca mergulha na sopa com maestria notável. O grão de poeira mira e acerta bem no nosso olho. O último biscoito geralmente vem quebrado. Coincidência? O maior amor era só puro interesse. O esforço de uma corrida que não queremos fez a mediocridade da corrida. Perdemos tanto tempo com a banalidade que o que valia acabou indo embora. Fatalidade? A minha curiosidade acabou dando em nada. Não posso escapar do que não se escapa. Vieram faltando algumas peças no quebra-cabeças e só reparei isso no fim, Humanidade?...
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