Num estalo de dedos
Num piscar de olhos
Os segundos que desaparecem
Uma nuvem passando
Um olhar desviado
Um raio de sol extinto
Nossa vida acabando...
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Repito quase tudo quase sempre
Os rios enganam parecendo os mesmos
Espero as mesmas coisas ansioso
Mesmo desconhecendo se chuva ou sol
O doce e o amargo às vezes confundem
Tenho medo de escadas quando acordado
Mas dormindo faço inúmeros voos tão reais...
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Não há mais pássaros aqui
O dia trouxe todos eles
E agora a noite acabou levando
Antes o sol brilhava em festa
Agora a lua está em quase luto
Espero dormir profundamente
Enquanto mais um dia envelhecido...
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Todo sonho tem um quê de real
As nossas mãos conseguem pegar o ar
O nosso riso supera a tristeza
Mesmo sozinho acompanho eu mesmo
Não sei onde minha loucura para
Agora só conheço os meus versos
E o amor que nem tive supera a morte
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O efêmero e o eterno se confundem
O que passou marca para sempre
Nossas cicatrizes ainda continuam lá
Toda dor e toda alegria dançam
O bem e o mal caminham pelo mundo
Vida e morte ainda continuam seu namoro...
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Repito as mesmas palavras
Xingo com a mesma intensidade
O quase entrou em minhas entranhas
Como um espinho ferindo a carne
Quero aquilo que sempre quis
Desistir não é para os fracos
Desistir é para os que são fortes...
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Estático estava
Estático permaneceu
Não olhou o relógio
E nada mais disse
Malvado amor
Que quer que eu crie asas
E alce então mais um voo...
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