sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Carliniana LVIII ( Couro e Ossos )

Palmas dadas ao acaso

Enigmas distribuídos à granel

Curas magnânimas para nada

E cada um cumprindo o seu papel...


Brisa suave que vem pelo ar

Brisa suave que vem lá do mar...


Risos que vieram de mim

Brincadeira de qualquer um gosto

Meu coração que bate fora do peito

Máscara que não cabe em meu rosto...


Silêncio quase que absoluto

Silêncio quase terno e porém tão bruto...


O cavalo disparou na estrada

Minha vontade acabou de entrar no cio

Tudo alegre como uma grande festa

Tudo tão triste quando o mercado está vazio...


O primeiro pássaro que canta ao dia

O primeiro pássaro na manhã quente ou fria...


Todas os vivas agora para o palhaço

A última vontade antes da minha execução

O monstro emergindo sem ter uma lagoa

As roupas rasgadas para a nova estação...


Brisa suave que vem pelo ar

Brisa suave que vem lá do mar...


O que sobrou? O meu couro e os meus ossos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E O Poeta Morre...

E o poeta morre... Quando a palavra falha Quando corre da batalha Quando beija o fio da navalha... Sei que morrer também é ofício Mas então ...