sábado, 14 de setembro de 2024

Mala Sem Valsa


Pois a soma dos catetos é para caititus

Que tomavam cerveja e andavam nus

O nariz dela parece a Ponte Rio-Niterói

E cada pelo pubiano ainda que dói

Arranquei meus cabelos de pura alegria

Enquanto vomito o vinho todo na pia

Essa é uma catira boa e eu não nego

É melhor n]ao enxergar que ser cego

Eu agora só ando bebendo se no gargalo

Desde o tempo que titia comia galo

Eu faço aquele corno sambar na brasa

Qualquer inferno agora já virou a casa

Os filhos fizeram filhos e assim se foi

No meio da gelatina mandaram um boi

No meio do feijão veio uma cavaca

E dia desses quase passeei de maca

Caracóis caramujos dito cujo e caramelos

Eu troquei os mais feios pelos mais belos

Temos todos os melhores venenos caseiros

É só pagar desde que seja só em dinheiro

As baratas agora estão curtindo o barato

E a nova moda vegana é churrasco de gato

Vamos comer frutas verdes lá do Afeganistão

Enquanto somos pegos por nossa combustão

A minha e a nossa vida é uma mala sem alça

E quem acaba nos caçando é a própria caça...


(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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